Pedra Azul: Intervenção com posters promove debate sobre Violência X Preconceito contra moradores de bairros periféricos

                                                           O avanço da violência está intimamente ligado a diversos fenomenos sociais. Pesquisas apontam o crescimento de práticas violentas em áreas, normalmente localizadas em morros e bairros periféricos, com carência de políticas públicas básicas satisfatórias,.  Estes fatores somados a histórica exclusão de grupos étnicos e raciais, acarretam outro problema de ordem pública: O Preconceito contra moradores destas áreas, que quase sempre são vistos como marginais, infratores, usuários de drogas, etc.

            A identificação deste problema foi o ponto de partida para o planejamento de uma ação de Mídia Tática realizada por jovens de Pedra Azul. A ação consistiu em fotografar pessoas de diversos setores da sociedade (Tenente, Artistas, funcionários públicos, jovens, profissionais de Saúde, Operários, etc), com uma tarja feita por um envelope em branco e espalhar pôsteres com as fotografias na área de maior movimentação da cidade.

            A intervenção, que causou curiosidade e reflexão nos que passavam pelo local trazia ainda os dizeres “Violência não tem cara, Nem Endereço” e foi planejada pela equipe coordenadora do Projeto “Periferia em Cena”. Participaram da ação, jovens do Pólo pedra azulense da Rede de Jovens Comunicadores e outros grupos juvenis do município.

            “Ainda que estes locais apresentem grande índice de Violência, não justifica o estigma que foi criado em torno destas comunidades. O avanço da Violência não é escolha dos moradores, é fruto de um processo de exclusão...”, afirma a Equipe organizadora da ação.

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A própria sociedade impõe um valor baixo à moradores de áreas com carência de políticas públicas básicas satisfatórias, como foi dito. Isso acontece assim penso eu, pelo simples fato da mídia ter implantado dentro da cabeça das pessoas que o morro é um lugar de marginais. Isso não ocorreu de uma hora pra outra não, isso se deu de forma gradativa, fazendo-se crer que realmente é um lugar de baixo valor social, mostrando apenas o lado ruim que por grande maioria não é assim que verdadeiramente se revela. É uma questão de obviedade, é necessário realmente conhecer, ao invés de prejulgar, por que o ”pre” conceito é uma forma de julgar sem antes conhecer. Devemos impor a verdadeira situação, em morros e na periferia, moram pessoas comuns que respiram e se alimentam normalmente, vivem como qualquer outro vive, se banham e se comunicam, têm amigos e andam por um objetivo, como um ser humano qualquer. De simplicidade em simplicidade seguem um caminho árduo, porém com muita dignidade e humildade acima de tudo. Ao povo do morro, meus conterrâneos, meu salve e minha saudação, ergo minhas mãos e aplaudo o povo que tem história pra contar! Gostei Will, show de bola! 

Gabriela, concordo contigo. Fazer esta imagem das pessoas do morro é conveniente para muita gente. Rende dinheiro, dá IBOPE! Mas são estes trabalhos do morro, que constroem cotidianamente o nosso país!!

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