Por Renata Morais
A população franciscopolitana vem sofrendo com a falta d’água, destino inadequado do lixo e sem tratamento de esgoto, diante dessa problemática o Município aderiu o Plano Municipal de Saneamento Básico em parceria com o comitê da Bacia Hidrográfica do Suaçuí, sem o qual não é possível captar recursos federais. Dentre todas as comunidades rurais do município, Santa Rosa é uma em que a falta de água é marcante.
Pensando nisso, aconteceu no pátio da escola municipal da comunidade uma reunião para apresentação do plano de saneamento básico e das diretrizes e para analisar as necessidades da população local no que se refere ao saneamento, uma vez que já havia um diagnóstico da situação regional em relação à captação de água, destino do lixo e do esgoto doméstico.
A reunião contou com a participação da população local, dos Engenheiros Ambiental e Sanitarista Alfredo Henrique Costa de Paula e Rodrigo Batalha Carvalho e do representante da prefeitura municipal Domingos Camargo.
Foi diagnosticado o que é emergencial, sendo que ficou de urgência o abastecimento de água potável, em curto prazo a questão do esgoto residencial, em médio prazo o destino do lixo e, por fim, em longo prazo a drenagem e manejo de águas pluviais.
Quanto à realidade da população, as moradoras Ivete Gomes Rocha e Maurenice Rodrigues Pereira disseram que a única água que tem pra consumo e higiene é através de caminhão pipa fornecido pela prefeitura, já para a moradora Zelita Ferreira César a situação é pior, á água que consegue é suja, retirada de uma barragem a qual busca em animais com latões. Já em relação ao lixo o senhor José Alves Pereira disse que não existe coleta e o lixo é queimado.
Em seguida foi feita a escolha dos delegados para representar a comunidade em outras reuniões, onde o titular escolhido foi o senhor Jose Rodrigues dos Santos e seu suplente o senhor Afrânio Rosa dos Santos, indicados e votados pela própria população.
"A qualidade de vida é universal e precisa atingir a todos, não importando onde esteja localizado. Mesmo que seja um plano de longa duração e que não atinja de imediato os objetivos vale a pena lutar. ‘Quem sabe faz a hora, não espera acontecer’”. Disse o engenheiro Rodrigo Batalha Carvalho.
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....a falta de água é uma situação que está atingindo todo o município de Franciscópolis inclusive a comunidade do Tatu onde moro...chegou a hora das populações participarem e estabelecerem as prioridades envolvendo o saneamento básico, porém, temos que mudar nossas atitudes com o meio ambiente...deparar com a quantidade de queimadas ilegais...irresponsáveis...é um absurdo...e isso impacta diretamente no secamento de nascentes bem como a destruição da natureza e toda a sua diversidade...
...perfeito o seu comentário Rosangela...temos que pensar algo sobre essa questão no município...sei lá...alguma coisa tem que ser feita...
Rosangela Souza de Morais disse:
Infelizmente essa é uma realidade mundial... Segundo o engenheiro responsável pelo diagnóstico relativo à saneamento do projeto (e o que é notório) essa região se encontra em um processo de desertificação muito intenso. Segundo ele, das regiões em que ele tem trabalhado, o município de Franciscópolis é o que se encontra em situação mais crítica. E o pior é que até os menos letrados têm consciência de que esse processo tem sido ampliado pelas ações antrópicas e uma porcentagem mínima faz alguma coisa pra tentar reverter o processo de degradação, e o que é mais lamentável é que a grande maioria continua a agredir a natureza mesmo sabendo que tal atitude vai acabar levando ao esgotamento dos recursos naturais.
Infelizmente essa é uma realidade mundial... Segundo o engenheiro responsável pelo diagnóstico relativo à saneamento do projeto (e o que é notório) essa região se encontra em um processo de desertificação muito intenso. Segundo ele, das regiões em que tem trabalhado, o município de Franciscópolis é o que se encontra em situação mais crítica. E o pior é que até os menos letrados têm consciência de que esse processo tem sido ampliado pelas ações antrópicas e uma porcentagem mínima faz alguma coisa pra tentar reverter o processo de degradação, e o que é mais lamentável é que a grande maioria continua a agredir a natureza, mesmo sabendo que tal atitude vai acabar levando ao esgotamento dos recursos naturais.
o Plano Municipal de Saneamento Básico é um importante instrumento que ajudará a guiar as diretrizes de gestão dos recursos nele contidos. A participação da população é importante tanto para apontar os anseios dos moradores, quanto para se posicionarem quanto ao cumprimento das metas contidas no plano (quando esse se tornar lei) cobrando dos órgão responsáveis.
Vale salientar que, ligado ao processo de gestão, uma política de conscientização se faz necessária, diante da atual situação dos recursos hídricos.
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